COLHEITA DA CHUVA
Braúna/ Maia / Boavista
Colher a chuva como se colhe o trigo
Guardar num silo como quem guarda um amigo
Colher a chuva como se colhe o milho
Cuidar com zelo como quem cuida de um filho
A chuva que cai é coisa sagrada
A mão que semeia é abençoada
A água que corre já foi batizada
A mãe da semente é a terra molhada
O grão que alimenta ninguém perguntou
Já pronto na mesa quem foi que plantou
Se houve seca se houve enchente
Que tipo de gente que mão que cuidou.
OLHE BEM AS MONTANHAS
Boavista / Jose Dias
Plantar a mais pobre semente
Crer no amigo mais distante
Sonhar o sonho mais tranqüilo
Viver em paz com toda gente
Doar o gesto mais valente
Crer no caminho mais errante
E ser o pouso do caminhante
Ser claro como a luz do dia
Pesar na balança mais justa
Ter o amor que mais sustenta
Saber o preço que a paz custa
Olhe bem as montanhas. (3x)
FAZENDA SOLIDÃO
maia y Roldão
D G D A
As aves passam voando no céu azul de Deus
D G D A
Vão atravessar veredas cerrado do meu sertão
F#m Bm G A
Estão indo rumo ao lugar de folhagens verdejantes
F#m Bm G A D
Aqui o vento é mais ameno parece crianças brincando de pegador
G D G A
Estou chegando agora na porteira do paraíso
A G A D
Que se chama fazenda solidão
D G D A
O apito do trem mistura com o canto do bem-te-vi
D G D A
Me alertando sempre largue tudo deste mundo comum
F#m Bm G A
Venha para o seu lugar sentir no ar o cheiro das flores
F#m Bm G A D
Misturar o meu amor com a terra do lugar
G D G D
Fazenda solidão, solidão fazenda.
A G A D
Eternamente meu jeito simples de amar. (voltar a introdução).
MÚSICA E ALEGRIA
maia y boavista
Eu fiz esta canção pensando em você
sonhando com o amor que um dia renascerá. será?
dentro do meu coração e do seu coração
de onde uma nova vida um dia nasceu, nasceu.
se eu não fui tão forte nós dois não tivemos a sorte
de viver juntos e usufruir aquele sonho encantado
de música e alegria. (3x)
AMÉM, AMÉM
maia y boavista
Introdução: E A E ( 3 X)
E
Noite cantar de noite
A melodia dos reis de Belém
F# m
Brilha a estrela guia
B7 E
Pois a criança já nasceu amém.
E G# m C#m G#m
Amém, amém, amém.
F# m B7 E
Amém, amém, amém.
E
Luz da humanidade
Raio de prata que fendeu o céu
F#m B7
Vai o manso carneiro pelo seu trilheiro
E
Junto ao povo seu.
E G# m C#m G#m
Amém, amém, amém.
F#m B7 E
Amém, amém, amém.
ALUMIA SOL
maia y boavista
INT. : F C D ( 3X)
G D C D
Uma erva do pântano morrerá em solo seco
G D C D
Um animal da escuridão fica cego a luz do sol
G D C D
De mãos dadas no jardim como dois namorados
G D C D
Eu olhava de longe mais você não me ouvia (2x)
F C
Alumia, alumia sol.
G D
A luz rasgará o tempo
F C G D
E o pensamento das pessoas mudará.
Voltar a introdução.
DE TREM PRA MONTES CLAROS
Charles Boavista e Faiçal
Essa estrada leva e traz dor e alegria
A primeira caminhada, a primeira companhia
Vim do sertão lá do meio da chapada
Tanto tempo tanta estrada
Tanta curva perigosa
É muito fácil todo passarinho voa
Toda mata eu sei que é boa
Quando não tem alçapão
Tem nada não caminho é por onde se passa
E mês que vem
eu vou de trem pra Montes Claros
PÉ DE JENIPAPO
Charles Boavista e Tino Gomes
No alto daquela serra
Onde a noite engole o dia
Pus seu nome numa pedra
Onde nem um nome havia
E tem um pé de jenipapo
Onde duas vez no ano
Eu vou lá pra alembrar
E fiz um a
E fiz um n
E fiz um g
E fiz um e
E fiz um l
E fiz um a
E deixei lá.
DESENTOADO
Charles Boavista e Tino Gomes
Eu sou fruta do norte
No curral sou boi de corte
Sou água de enxurrada
Pau preto no pé da serra
Hoje choveu no cascalho
Acabou na ribancera
Vim parar nesse lugar
E logo desentoei
Entoei uma cantiga
Já entrei numa briga
TERRA BRASILIS
Téo Azevedo
Eu sou o Brasil da viola
eu sou o som regional
eu sou a marca do tempo
no meu som universal
o vento assoviou o céu ficou mais bonito
bebi gotas de orvalho meu poema foi escrito
da relva sentir a paz do meu verso infinito
eu sou o som desta terra sou a sede do saber
a lua da cor de prata no clarão do amanhecer
a canção de um novo dia na essência do viver
eu sou o perfume das flores o verso da poesia
sou um sarau de jograis irmanando em cantoria
das voltas que o mundo da fiz do meu mundo alegria
MEU VIOLÃO
maia y boavista
A minha mãe me deu um violão
é este que esta aqui
a minha mãe me deu violão
pois ela entendeu que eu preciso é cantar
cantar a dor cantar a alegria
cantar a realidade e a fantasia
que se fantasia de realidade
que vira saudade quando passa o dia.
ROSA BREJALMINA
Haroldo Lívio, maia y boavista
não saia da estrada real que vai
pra casa de seu bem querer
pega o rumo do rosário antigo
pelas ruas do brejo das almas
passa pela ponte do Simão
sempre beirando o alto são João
segue cavaleiro segue
para os braços de quem o espera
para um abraço e um beijo de amor
um beijo de amor
não tenha medo das trevas da noite
nem dos caminhos e de seus perigos
pois a morena o espera lá na frente
depois da poeira depois do batente
depois da canseira com muita saudade
querendo chorar.
PROFISSÃO DE FÉ
Carlos Felipe e Maia
As minas do arraial a da gruta do cafezal
da mina que já secou da montanha que explodiu
do meu santo Antonio pequenino da senhora do rosário
do sonho que virou verso deste tão pequeno universo
e bebo as cachaças por minas
versejo esta terra esta gente
buscando em cada poente
um novo horizonte pra gente
farei de cada noite e dia um instante sublime de amor
com lugar para as crianças onde todas as esperanças
renascem a cada momento num piscar do pensamento
atravessando as cortinas que molduram as serras de minas
no toque de cada emoção morrerei num dia de festa
ao som da eterna seresta ouvindo o som do congado
tentarei num último instante colher um bom diamante
na minha última viagem em busca da imensidão
A BALADA DE ANTONIO DÓ
maia y boavista
ele era um homem livre ele era
como todo homem livre espera ser
combatendo as injustiças contra os cidadãos
ele era apenas um cidadão
Antonio dó viveu na beira do rio
quantas enchentes e pescarias ele presenciou
mais ele viu também aquilo que não é correto
pois deste de aquele tempo que a justiça é cega
e o único caminho que restou foi a revolução
depois que sua família foi maltratada
Antonio dó rezou pegou nas armas
e em outra vida entrou por uma porta meio aberta
trocou muitos tiros muitas vezes suou frio
defendendo uma verdade incerta
pois Antonio dó era um homem livre
e ser um homem livre é única razão