segunda-feira, 3 de março de 2008

MÚSICAS

COLHEITA DA CHUVA

Braúna/ Maia / Boavista


Colher a chuva como se colhe o trigo

Guardar num silo como quem guarda um amigo

Colher a chuva como se colhe o milho

Cuidar com zelo como quem cuida de um filho


A chuva que cai é coisa sagrada

A mão que semeia é abençoada

A água que corre já foi batizada

A mãe da semente é a terra molhada


O grão que alimenta ninguém perguntou

Já pronto na mesa quem foi que plantou

Se houve seca se houve enchente

Que tipo de gente que mão que cuidou.



OLHE BEM AS MONTANHAS

Boavista / Jose Dias

Plantar a mais pobre semente

Crer no amigo mais distante

Sonhar o sonho mais tranqüilo

Viver em paz com toda gente


Doar o gesto mais valente

Crer no caminho mais errante

E ser o pouso do caminhante

Ser claro como a luz do dia


Pesar na balança mais justa

Ter o amor que mais sustenta

Saber o preço que a paz custa

Olhe bem as montanhas. (3x)



FAZENDA SOLIDÃO

maia y Roldão

D G D A
As aves passam voando no céu azul de Deus
D G D A
Vão atravessar veredas cerrado do meu sertão
F#m Bm G A
Estão indo rumo ao lugar de folhagens verdejantes
F#m Bm G A D
Aqui o vento é mais ameno parece crianças brincando de pegador
G D G A
Estou chegando agora na porteira do paraíso
A G A D
Que se chama fazenda solidão
D G D A
O apito do trem mistura com o canto do bem-te-vi
D G D A
Me alertando sempre largue tudo deste mundo comum
F#m Bm G A
Venha para o seu lugar sentir no ar o cheiro das flores
F#m Bm G A D
Misturar o meu amor com a terra do lugar
G D G D
Fazenda solidão, solidão fazenda.
A G A D
Eternamente meu jeito simples de amar. (voltar a introdução).


MÚSICA E ALEGRIA

maia y boavista

Eu fiz esta canção pensando em você

sonhando com o amor que um dia renascerá. será?

dentro do meu coração e do seu coração

de onde uma nova vida um dia nasceu, nasceu.

se eu não fui tão forte nós dois não tivemos a sorte

de viver juntos e usufruir aquele sonho encantado

de música e alegria. (3x)



AMÉM, AMÉM

maia y boavista

Introdução: E A E ( 3 X)


E
Noite cantar de noite

A melodia dos reis de Belém
F# m
Brilha a estrela guia
B7 E
Pois a criança já nasceu amém.
E G# m C#m G#m
Amém, amém, amém.
F# m B7 E
Amém, amém, amém.
E
Luz da humanidade

Raio de prata que fendeu o céu
F#m B7
Vai o manso carneiro pelo seu trilheiro
E
Junto ao povo seu.
E G# m C#m G#m
Amém, amém, amém.
F#m B7 E
Amém, amém, amém.



ALUMIA SOL

maia y boavista

INT. : F C D ( 3X)


G D C D
Uma erva do pântano morrerá em solo seco
G D C D
Um animal da escuridão fica cego a luz do sol
G D C D
De mãos dadas no jardim como dois namorados
G D C D
Eu olhava de longe mais você não me ouvia (2x)


F C
Alumia, alumia sol.
G D
A luz rasgará o tempo
F C G D
E o pensamento das pessoas mudará.


Voltar a introdução.



DE TREM PRA MONTES CLAROS

Charles Boavista e Faiçal


Essa estrada leva e traz dor e alegria

A primeira caminhada, a primeira companhia

Vim do sertão lá do meio da chapada

Tanto tempo tanta estrada

Tanta curva perigosa

É muito fácil todo passarinho voa

Toda mata eu sei que é boa

Quando não tem alçapão

Tem nada não caminho é por onde se passa

E mês que vem

eu vou de trem pra Montes Claros



PÉ DE JENIPAPO

Charles Boavista e Tino Gomes


No alto daquela serra

Onde a noite engole o dia

Pus seu nome numa pedra

Onde nem um nome havia

E tem um pé de jenipapo

Onde duas vez no ano

Eu vou lá pra alembrar

E fiz um a

E fiz um n

E fiz um g

E fiz um e

E fiz um l

E fiz um a

E deixei lá.



DESENTOADO

Charles Boavista e Tino Gomes

Eu sou fruta do norte

No curral sou boi de corte

Sou água de enxurrada

Pau preto no pé da serra

Hoje choveu no cascalho

Acabou na ribancera

Vim parar nesse lugar

E logo desentoei

Entoei uma cantiga

Já entrei numa briga



TERRA BRASILIS
Téo Azevedo

Eu sou o Brasil da viola
eu sou o som regional
eu sou a marca do tempo
no meu som universal

o vento assoviou o céu ficou mais bonito
bebi gotas de orvalho meu poema foi escrito
da relva sentir a paz do meu verso infinito

eu sou o som desta terra sou a sede do saber
a lua da cor de prata no clarão do amanhecer
a canção de um novo dia na essência do viver

eu sou o perfume das flores o verso da poesia
sou um sarau de jograis irmanando em cantoria
das voltas que o mundo da fiz do meu mundo alegria


MEU VIOLÃO
maia y boavista

A minha mãe me deu um violão
é este que esta aqui
a minha mãe me deu violão
pois ela entendeu que eu preciso é cantar

cantar a dor cantar a alegria
cantar a realidade e a fantasia
que se fantasia de realidade
que vira saudade quando passa o dia.



ROSA BREJALMINA
Haroldo Lívio, maia y boavista

não saia da estrada real que vai
pra casa de seu bem querer
pega o rumo do rosário antigo
pelas ruas do brejo das almas
passa pela ponte do Simão
sempre beirando o alto são João

segue cavaleiro segue
para os braços de quem o espera
para um abraço e um beijo de amor
um beijo de amor

não tenha medo das trevas da noite
nem dos caminhos e de seus perigos
pois a morena o espera lá na frente
depois da poeira depois do batente
depois da canseira com muita saudade
querendo chorar.



PROFISSÃO DE FÉ
Carlos Felipe e Maia

As minas do arraial a da gruta do cafezal
da mina que já secou da montanha que explodiu
do meu santo Antonio pequenino da senhora do rosário
do sonho que virou verso deste tão pequeno universo

e bebo as cachaças por minas
versejo esta terra esta gente
buscando em cada poente
um novo horizonte pra gente

farei de cada noite e dia um instante sublime de amor
com lugar para as crianças onde todas as esperanças
renascem a cada momento num piscar do pensamento
atravessando as cortinas que molduram as serras de minas

no toque de cada emoção morrerei num dia de festa
ao som da eterna seresta ouvindo o som do congado
tentarei num último instante colher um bom diamante
na minha última viagem em busca da imensidão


A BALADA DE ANTONIO DÓ
maia y boavista



ele era um homem livre ele era
como todo homem livre espera ser
combatendo as injustiças contra os cidadãos
ele era apenas um cidadão

Antonio dó viveu na beira do rio
quantas enchentes e pescarias ele presenciou
mais ele viu também aquilo que não é correto
pois deste de aquele tempo que a justiça é cega

e o único caminho que restou foi a revolução
depois que sua família foi maltratada
Antonio dó rezou pegou nas armas
e em outra vida entrou por uma porta meio aberta

trocou muitos tiros muitas vezes suou frio
defendendo uma verdade incerta
pois Antonio dó era um homem livre
e ser um homem livre é única razão